Esta foto foi tirada durante o Batismo de Valentino Mora, filho de Erica Mora. No momento em que o padre derrama a água sobre sua cabeça, esta flui na mais perfeita forma de um Rosário. Aconteceu na Paróquia da Assunção de N. Sª em Córdoba, Espanha. No momento em que Valentino chegou à pia batismal para receber o Sacramento, Erica pediu à fotógrafa Maria Silvana Salles, contratada por outros pais, que tirasse uma foto de seu filho como um favor, já que ela não tinha como pagar
É fundamental que todo cristão compreenda bem a
importância da graça do Batismo em sua vida. Este artigo, claro, não é
suficiente para esclarecer completamente toda a riqueza e o valor do maravilhoso
Sacramento do Batismo. Serve mais como um convite à reflexão.
O batismo de João e o Batismo cristãoNinguém pode
compreender o Batismo sem pensar na Ressurreição de Jesus. Na madrugada daquele
domingo glorioso, o Pai derramou o Espírito Santo, Espírito de Ressurreição,
sobre o Filho: seu Corpo e Alma foram ressuscitados. Jesus ficou pleno do
Espírito Santo, de modo que sua natureza humana tornou-se gloriosa: Jesus foi
manifestado na carne (natureza humana) e justificado (e ressuscitado) pelo
Espírito (1Tm 3, 16).
Jesus Cristo, glorificado
pelo Espírito Santo, entrou no Cenáculo de Jerusalém e derramou o Espírito da
Ressurreição sobre os Apóstolos: “A paz esteja convosco! Recebei o Espírito
Santo (Jo 20, 19-22)!” Jesus recebeu do Pai o Espírito Santo prometido, batizou
nEle a Igreja e derramou sobre nós este mesmo Espírito (At 2, 32)!
João Batista já havia
profetizado: “Eu batizo com água, mas vem aquele que batizará com o Espírito e
com Fogo” (Jo 1, 33; Lc 3, 16). O batismo de João, na água, era preparatório
para a vinda do Messias: ainda não era o Sacramento do Batismo, não era o
Batismo cristão. É o Messias, isto é, o Ungido no Espírito de Ressurreição, quem
batizará no Espírito. Cristo mesmo diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, o
Senhor me ungiu” (Lc 4, 18). Os cristãos, portanto, nunca tiveram “batismo nas
águas”: o nosso Batismo é no Espírito Santo! Falar em “batismo nas águas” é
voltar ao Antigo Testamento; é parar em João Batista e desprezar o Sacramento do
Batismo trazido por Cristo!
Foi no Domingo da Páscoa
que os Apóstolos tornaram-se realmente cristãos; receberam a vida nova do
Ressuscitado, foram transfigurados em Cristo! Aí nasceu a Igreja: na
Ressurreição! Aí ela foi batizada e recebeu o poder de batizar: “Como o Pai me
enviou, assim eu vos envio (Jo 20, 21)!” Assim, a Igreja deve batizar todo
aquele que crê. Isto significa acolher Jesus Ressuscitado nas águas do Batismo.
A palavra “batizar” vem do grego e significa, literalmente, mergulhar, imergir.
Mas não significa mergulhar na água, e sim a imersão no Espírito Santo de Deus,
o Espírito prometido que ressuscitou Jesus! É isso que o Evangelho afirma: “Quem
não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus (Jo 3, 5)”.
Observe bem: da água, símbolo e sinal do Espírito, renascer do próprio
Espírito!
O mesmo Evangelho
confirma: “Jesus, de pé, diz em alta voz: ‘Se alguém tem sede, venha a mim e
beba!’ (...) Ele falava do Espírito que deviam receber os que creram nEle...”
(Jo 7, 37-39). São Paulo explicou: “De fato, todos nós, judeus ou gregos,
escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único
Corpo (1Cor 12, 13).” Os cristãos não batizam somente na água que purifica o
corpo, e sim no Espírito que Jesus dá por sua Ressurreição!
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