domingo, 3 de abril de 2016

O Juizo Final



                                            Quando será o juízo final? Em que consistirá?

 A ressurreição de todos os mortos, “dos justos e dos pecadores” (At 24, 15), precederá o Juízo final. «a hora em que todos os que estão nos túmulos hão-de ouvir a sua voz e (…) os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida, e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação» (Jo 5, 28-29). Então, Cristo virá «na sua glória, com todos os seus anjos [...]. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. [...] Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna» (Mt 25, 31-33.46).

O Juízo final sucederá quando vier o Cristo glorioso. Só o Pai conhece o dia e a hora em que terá lugar, só Ele decidirá da sua vinda. Então Ele pronunciará por meio do seu Filho Jesus Cristo, a sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais a sua Providência terá conduzido todas as coisas até ao seu fim último. O Juízo final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas pelas suas criaturas e que o seu amor é mais forte que a morte (cf. Ct.8, 6).

A mensagem do Juízo final apela à conversão enquanto Deus dá aos homens ainda “o tempo favorável, o tempo de salvação” (2 Co 6, 2). Inspira o santo temor de Deus. Compromete para a justiça do Reino de Deus. Anuncia a “bem-aventurada esperança” (Tt 2, 13) do regresso do Senhor que “virá para ser glorificado nos seus santos e admirado em todos os que tiverem acreditado” (2 Ts 1, 10).

Catecismo da Igreja Católica, 1038-1041

Contemplar o mistério
Quando pensares na morte, não tenhas medo, apesar dos teus pecados. Porque Ele já sabe que O amas... e de que massa és feito. Se tu O procurares, Ele acolher-te-á como o pai ao filho pródigo. Mas tens de O procurar!
Sulco, 880
- Para salvar o homem, Senhor, morres na Cruz; e, contudo, por um só pecado mortal, condenas o homem a uma eternidade infeliz de tormentos...: quanto te ofende o pecado, e quanto devo odiá-lo!

"Conheço algumas e alguns que não têm sequer força para pedir socorro", dizes-me desgostoso e cheio de pena. Não passes por eles de largo; a tua vontade de te salvares e de os salvares pode ser o ponto de partida da sua conversão. Além disso, se reconsiderares, notarás que a ti também te estenderam a mão.
Sulco, 778

O mundo, o Demónio e a carne são uns aventureiros que, aproveitando-se da fraqueza do selvagem que trazes dentro de ti, querem que, em troca do fictício brilho dum prazer - que nada vale - Ihes entregues o ouro fino e as pérolas e os brilhantes e os rubis embebidos no Sangue vivo e redentor do teu Deus, que são o preço e o tesouro da tua eternidade.
Caminho, 708

- Para salvar o homem, Senhor, morres na Cruz; e, contudo, por um só pecado mortal, condenas o homem a uma eternidade infeliz de tormentos...: quanto te ofende o pecado, e quanto devo odiá-lo!
Forja, 1002

6. No final dos tempos Deus prometeu céu novo e uma nova terra. Que devemos esperar?
A Sagrada Escritura chama “céus novos e nova terra” a esta renovação misteriosa que transformará a humanidade e o mundo (2 P 3, 13; cf. Ap 21, 1). Esta será a realização definitiva do desígnio de Deus de “fazer com que tudo tenha Cristo como Cabeça, o que está nos céus e o que está na terra” (EF.1, 10).

Para o homem esta consumação será a realização final da unidade do género humano, querida por Deus desde a criação e de que a Igreja peregrina era “como que o sacramento” (LG 1). Os que estiverem unidos a Cristo formarão a comunidade dos resgatados, a Cidade Santa de Deus. Já não estará ferida pelo pecado, pelas manchas, pelo amor próprio, que destroem ou ferem a comunidade terrena dos homens. A visão beatífica de Deus será a fonte imensa de felicidade, de paz e de comunhão mútua.

“Ignoramos o momento da consumação da terra e da humanidade, e não sabemos como o universo se transformará.

Certamente, a figura deste mundo, deformada pelo pecado, passa, mas é-nos ensinado que Deus tem preparada uma nova morada e uma nova terra em que habita a justiça e cuja bem-aventurança cumulará e superará todos os desejos de paz que se surgem nos corações dos homens” (GS 39).

“Não obstante, a espera de uma nova terra não deve debilitar, mas antes avivar bem a preocupação por cultivar esta terra onde cresce o corpo da nova família humana que pode apresentar já, de certo modo, um esboço dos novos tempos. Por isso, embora se tenha de distinguir cuidadosamente o progresso terreno do crescimento do Reino de Cristo, contudo, o primeiro, na medida em que pode contribuir para ordenar melhor a sociedade humana, interessa muito ao Reino de Deus” (DS 39).
Catecismo da Igreja Católica, 1043-1049

Contemplar o mistério
Enquanto aqui vivemos, o reino assemelha-se à levedura que uma mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até que toda a massa ficou fermentada.

Quem compreender o reino que Cristo propõe, reconhece que vale a pena jogar tudo para o conseguir: é a pérola que o mercador adquire à custa de vender tudo o que possui, é o tesoiro encontrado no campo. O reino dos céus é uma conquista difícil e ninguém tem a certeza de o alcançar, embora o clamor humilde do homem arrependido consiga que se abram as suas portas de par em par.
Cristo que passa, 180

O reino dos céus é uma conquista difícil e ninguém tem a certeza de o alcançar, embora o clamor humilde do homem arrependido consiga que se abram as suas portas de par em par.
Nesta terra, a contemplação das realidades sobrenaturais, a ação da graça nas nossas almas, o amor ao próximo como fruto saboroso do amor a Deus, supõem já uma antecipação do Céu, um começo destinado a crescer dia a dia. Nós, cristãos, não suportamos uma vida dupla: mantemos uma unidade de vida, simples e forte, na qual se fundamentam e compenetram todas as nossas ações.
Cristo que passa, 125

O tempo é o nosso tesouro, o "dinheiro" para comprarmos a eternidade.
Sulco, 882


Opus Dei - José Maria  Escrivá

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