Dogmas sobre o ser
humano:
17 – O homem é formado de corpo material e alma espiritual
Este dogma foi afirmado no IV Concílio de Latrão (1215), sob Inocêncio III (1198-1216), e no Concílio Vaticano I (1869-70), sob Pio IX (1846-78). Segundo a doutrina da Igreja, o corpo é parte essencialmente constituinte da natureza humana, e não carga e estorvo como disseram certos hereges. Igualmente, para defender o dogma católico contra os que dizem que consta de três partes essenciais: corpo, alma animal e alma espiritual, o Concílio de Constantinopla declarou "que o homem tem apenas uma alma racional e intelectual" (Dz. 338). A alma espiritual é o princípio da vida espiritual e ao mesmo tempo o é da vida animal (vegetativa e sensitiva) (Dz. 1655).
Declaram as Sagradas Escrituras: "O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em seu rosto o alento da vida" (Gn 2,7). / "Antes que o pó volte à terra, de onde saiu, e o espírito retorne a Deus..." (Ecl 12,7). / "Não tenhais medo dos que matam o corpo e à alma não podem matar; temais muito mais Àquele que pode destruir o corpo e a alma na geena." (Mt 10,28).
Prova-se especulativamente a unicidade da alma no homem por testemunho da própria consciência, pela qual entendemos que o mesmo Eu, que é o princípio da atividade espiritual, é o mesmo que gera a sensibilidade e a vida vegetativa.
18 – O pecado de Adão se propaga a todos os seus descendentes por geração, não por imitação
O Pecado, que é morte da alma, se propaga de
Adão a todos seus descendentes por geração, e não por imitação, sendo inerente a
cada indivíduo.
19 – O homem caído não pode redimir-se a si próprio
Somente um ato livre por parte do Amor Divino
poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo Pecado. Sendo Deus
infinitamente Grande, Justo e Perfeito, o crime contra Ele é infinitamente
grave. Só poderia então ser resgatado mediante um Sacrifício infinitamente
meritório e reparador, do qual nós não seríamos capazes.
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