Católicos realmente adoram Maria como
se fosse uma "deusa"? Qual o significado da Teologia Mariana? Tire
definitivamente as suas dúvidas..
SE CREMOS que Deus é Pai; se cremos que Jesus é o Cristo, o Ungido, o
Filho de Deus, também precisamos respeitar, honrar e amar a mãe de
Jesus, a Virgem Maria.
Se cremos que todos os que amaram verdadeiramente a Deus nesta vida estão no Céu, e que aqueles que seguiram Jesus e morreram acreditando nele estão ao seu lado, seria o cúmulo do absurdo supor que a mãe do Cristo aqui na Terra não estivesse junto a Ele no Céu. Maria, ela que, segundo a Bíblia Sagrada, era cheia do Espírito Santo, declarou de si mesma:
“De hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada!” (Lc 1, 48)
Nosso Salvador não salvaria sua própria mãe? Nós, cristãos, cremos que
recebemos por Graça o direito e o poder de pedir e interceder junto a
Deus. Podemos pedir ao Pai em nome de Jesus, ou falar diretamente a
Jesus e pedir que nos conceda suas bençãos. O próprio Senhor Jesus
Cristo ensinou isso nos Evangelhos, e que Graça maravilhosa é esta! Não
devemos deixar jamais de conversar com nosso Senhor, que, sendo Deus, se
fez homem e fraco, por nós. Foi Ele somente quem sofreu as piores dores
e deu sua própria vida em sacrifício pela nossa salvação. Jesus é nosso
único Senhor, Um com o Pai e o Santo Espírito, nosso único Salvador, e
exclusivamente por Ele recebemos a vida eterna. Jesus Cristo também é
nosso único Mediador, junto ao Pai, no sentido de nos resgatar do pecado
e salvar as nossas almas. Enquanto cristãos, precisamos assumir que é
Ele, - e apenas Ele, - que está eternamente no centro da nossa fé, das
nossas orações e da nossa salvação.
Esclarecidos esses pontos, nós também cremos que podemos e devemos
interceder uns pelos outros, isto é, pedir uns pelos outros junto a
Deus, seja na Pessoa do Pai, do Filho ou do Espírito Santo; assim como
Maria fez em Caná, pedindo a seu Filho e seu Senhor que ajudasse aqueles
noivos. E Ele a atendeu. Cremos que Maria, que é nossa Mãe, nossa irmã e
companheira de caminhada, pode pedir também por nós ao seu Filho amado,
agora que está com Ele na eternidade, em perfeita Comunhão. Cremos que,
no Céu, os santos de Deus estão mais vivos do que nós, aqui na terra,
pois alcançaram a vida plena à qual Jesus se referiu (Jo 10, 10), e que
podem nos ouvir.
Maria foi a primeira cristã, o perfeito modelo de fé e de confiança em
Jesus, testemunha fiel de tudo o que se passou na vida dele, desde antes
do nascimento até a Cruz. De Jesus, Maria entende! Não, ela não foi nem
é “uma mulher qualquer”, como ouvimos dizer por aí: não foi acidente
nem "sorte" a Graça tremenda que aconteceu em sua vida! Não é todo dia
que uma virgem recebe o aviso de um anjo, de que será a mãe do Filho de
Deus! Não é todo dia que uma mulher fica grávida por obra
especialíssima, direta de Deus! Não é "qualquer mulher" que gera e educa
alguém como Jesus Cristo, nosso Deus!
É por tudo isso que não é pecado chamar Maria de “Mãe de Deus”. Jesus
sendo Deus, e Maria sendo sua mãe, quando a chamamos assim, honramos
devotadamente a memória de Maria, mas a Jesus glorificamos, reafirmando
todas as vezes que Jesus Cristo é Deus. Quem se nega a dizer que Maria é
"Mãe de Deus", renega a divindade de Jesus Cristo. Simples assim.
Assim como está escrito, Maria foi escolhida desde o princípio dos
tempos, porque o Sopro de Deus pairou de maneira especial sobre ela. A
Vida que nela foi gerada era nada menos que a Vida do próprio Autor da
Vida! Como podem alguns se negar a honrar Maria? Como podem se negar a
lhe proclamar Bem-Aventurada e Cheia de Graça?
Podemos imaginar os risos, as brincadeiras, as lágrimas, as preocupações
que ela teve com seu Filho Divino, o dia-a-dia ao lado do Senhor...
Ninguém teve maior escola de espiritualidade que Maria! Nem mesmo os
Apóstolos, que tiveram apenas três anos para aprender com Cristo: Maria
teve trinta e três anos e nove meses! Se acreditamos na palavra e na
santidade dos Apóstolos, que foram os autores da Bíblia, como duvidar de
Maria, a mãe do Senhor? Se ela tivesse escrito um Evangelho, seria sem
nenhuma dúvida o mais digno de crédito; porque ela esteve lá, junto até o
último momento, e continuou com os discípulos depois da crucificação,
integrando a Igreja que nascia. Aliás, no momento da crucificação,
quando os Apóstolos fugiram, quem continuou ao lado do Senhor? Ela
mesma... E os Apóstolos a ouviam. Muita coisa Maria deve ter lhes
contado, muitos detalhes sobre a vida do Senhor. Senão, como eles
poderiam saber, para escrever os Evangelhos? Maria foi a melhor
testemunha do que realmente aconteceu com Jesus. Ninguém, absolutamente
ninguém em toda a História, viveu a experiência Jesus Cristo mais do que
ela.
Muitos títulos de honra a Igreja deu à Maria, e nos cabe procurar
entendê-los corretamente. Infelizmente, aqui entramos nos exageros dos
que parecem querer elevar a Mãe de Deus mais alto que o próprio Deus. -
Mais alto do que, com certeza, ela mesma deseja ser elevada. Estes estão
no lado oposto daqueles que a desrespeitam.
Uns, na ânsia de anunciar as virtudes da Mãe, por vezes acabam
exagerando; outros, no zelo de defender o papel único do Filho de Deus,
acabam desprezando o maravilhoso legado da desde sempre amada Mãe da
Igreja.
A Igreja sabe o que é o Reino de Deus, quem é Jesus e quem é Maria, e
nós precisamos aprender essas coisas. Devemos aprender a amar Maria com
uma devoção pura e autêntica; falar muito com Jesus e com o Pai, pedir
sempre a luz do Espírito Santo no que dizemos e no que fazemos. Se vier o
desejo de falar com nossa Mãe do Céu, devemos fazê-lo sabendo que falar
com Jesus é falar com Deus, e que falar com Maria é falar com um ser
humano muito especial que está no Céu com Deus.
Nunca a Igreja ensinou que Maria é uma ‘deusa’, como acusam alguns dos
nossos irmãos "evangélicos". O Catecismo da Igreja Católica (CIC) deixa
muito claro que é sempre o Deus Uno e Trino quem concede as graças.
Nossa mãe pede por nós, junto a Deus. Jesus concede porque é nosso Intercessor junto ao Pai, e porque todo o poder lhe foi dado no Céu e na Terra. Maria consegue
orando, pedindo. Se tantos padres e pastores conseguem graças e bençãos
orando a Jesus, quanto mais ela, a Virgem Maria, que foi e continua
sendo muito mais santa, mais unida a Jesus e mais pura e salva do que
qualquer um de nós?
Nossa Senhora é uma só: Maria, Mãe de Jesus. Mas ela recebeu diversos títulos e representações ao redor do mundo, como esta, feita na China: cada nação procurou retratá-la à sua maneira. |
Nós levamos o Senhor na mente e no coração: Maria, além disso, o
carregou no ventre: a Carne de Jesus Cristo, Deus encarnado, era a mesma
carne de Maria. O sangue que fluía em Maria era o mesmo
Sangue salvador que fluía em Jesus, e que foi derramado pela salvação da
humanidade. Já parou para pensar nisso? Maria cuidou e protegeu Nosso
Senhor desde quando Ele, por amor a nós, se fez um bebê indefeso. Que
grande absurdo é querer "defender" Jesus tentando diminuir Maria!
Equilíbrio: é tudo de que precisamos para honrar e venerar Maria
do jeito certo. É verdade que alguns católicos se equivocam neste
assunto. Quantas vezes vemos pessoas prostradas diante das imagens de
Maria nas igrejas, louvando e pedindo bençãos, mas... Que pena, logo
depois passam reto diante do Altar e do Santíssimo Sacramento, onde se
encontra Jesus Cristo em Corpo, Alma e Divindade! Muitos gostam de
repetir que “se Jesus não estiver atendendo, é só pedir à Mãe que ela atende”. E também ouvimos afirmações como: “Tudo com Jesus, nada sem Maria!”
– São frases de uma infelicidade total. Cristo é Deus, Alfa e Ômega,
Principio e Fim de todas as coisas. Quem o tem, tem tudo. Para quem está
nele, não existem condições. Maria, Mãe bendita, vive nele, para
sempre. Assim também, quando desejamos “a Paz de Cristo”, por exemplo, é
desnecessário completar com “...e o amor de Maria”. O amor que
vem de Jesus e de Maria são o mesmo e um só: expressão máxima e perfeita
do Amor Divino no mundo, e que provém dele, o Autor da Vida e Deus de
Amor.
E foi a este mesmo Amor que Maria se entregou, de corpo e alma; foi
deste Amor que ela se fez serva, para se tornar "Nossa Senhora" para
sempre. Se existem exageros ao se falar de Nossa Senhora, e isso leva
alguns irmãos de outras comunidades cristãs a nos acusar de idolatria,
devemos saber que, dentro da verdadeira Fé, nada nos desvia da
verdadeira Comunhão dos santos e nem da companhia e proteção de nossa
bem amada e sempre Bem Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus e de todos
nós; exemplo incomparável de santidade sempre ao nosso lado no percurso
do Caminho.
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Ref.:
OLIVEIRA, José Fernandes. Maria do Jeito Certo, São Paulo: Paulinas, 2008.
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Ref.:
OLIVEIRA, José Fernandes. Maria do Jeito Certo, São Paulo: Paulinas, 2008.
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