sexta-feira, 25 de março de 2016

Sexta Feira Santa



A Morte de Jesus
Isaias 53, 4-12


Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado.
5.Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas.
6.Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, seguíamos cada qual nosso caminho; o Senhor fazia recair sobre ele o castigo das faltas de todos nós.
7.Foi maltratado e resignou-se; não abriu a boca, como um cordeiro que se conduz ao matadouro, e uma ovelha muda nas mãos do tosquiador. (Ele não abriu a boca.)
8.Por um iníquo julgamento foi arrebatado. Quem pensou em defender sua causa, quando foi suprimido da terra dos vivos, morto pelo pecado de meu povo?
9.Foi-lhe dada sepultura ao lado de facínoras e ao morrer achava-se entre malfeitores, se bem que não haja cometido injustiça alguma, e em sua boca nunca tenha havido mentira.
10.Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo pelo sofrimento; se ele oferecer sua vida em sacrifício expiatório, terá uma posteridade duradoura, prolongará seus dias, e a vontade do Senhor será por ele realizada.
11.Após suportar em sua pessoa os tormentos, alegrar-se-á de conhecê-lo até o enlevo. O Justo, meu Servo, justificará muitos homens, e tomará sobre si suas iniquidades.
12.Eis por que lhe darei parte com os grandes, e ele dividirá a presa com os poderosos: porque ele próprio deu sua vida, e deixou-se colocar entre os criminosos, tomando sobre si os pecados de muitos homens, e intercedendo pelos culpados.

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Jesus morreu por nossos pecados (Rm 4,25), para livrar-nos deles e resgatar-nos da escravidão que o pecado introduz na vida humana. A Sagrada Escritura diz que a paixão e morte de Cristo são:
 a) sacrifício de aliança,
Jesus, oferecendo sua vida a Deus na Cruz, instituiu a Nova Aliança, isto é, a nova forma de união de Deus com os homens que havia sido profetizada por Isaias ( Is 42,6), Jeremias (Jr 31, 31-33) e Ezequiel (Ez 37,26). O Novo Pacto é a aliança selada no corpo de Cristo entregue por nós e em seu sangue derramado por nós (Mt 26,27-28).

b) sacrifício de expiação,

O sacrifício de Cristo na Cruz tem valor de expiação, isto é, de limpeza e purificação do pecado (cfr. Rm 3,25; Hb 1,3; 1 Jo 2,2; 4,10).


 c) sacrifício de propiciação e de reparação pelos pecados,

Cruz é sacrifício de propiciação e de reparação pelo pecado (Rm 3,25; Hb 1,3; 1 Jo2,2; 4,10). Cristo manifestou ao Pai o amor e a obediência que nós homens lhe havíamos negado com nossos pecados. Sua entrega fez justiça e satisfez o amor paterno de Deus que havíamos rechaçado desde o início da história.

d) ato de redenção e libertação dos homens.

 A Cruz de Cristo é ato de redenção e de libertação do homem. Jesus pagou nossa liberdade com o preço de seu sangue, isto é, de seus sofrimentos e de sua morte ( 1 P 1,18). Mereceu com sua entrega nossa salvação para incorporar-nos ao reino dos céus: “Ele nos livrou do poder das trevas e nos transladou ao Reino do Filho de seu amor, no qual temos a redenção: o perdão dos pecados." (Col 1,13-14).

Os efeitos da Cruz
 
O principal efeito da Cruz é eliminar o pecado e tudo aquilo que se opõe à união do homem com Deus. A Cruz, além de cancelar os pecados, nos livra também do diabo, que dirige ocultamente a trama do pecado, e da morte eterna. O diabo nada pode contra quem está unido a Cristo ( Rm 8,31-39) e a morte deixa de ser separação eterna de Deus, e permanece apenas como porta de acesso ao destino último ( 1 Cor. 15,55-56).
Removidos todos estes obstáculos, a Cruz abre para a humanidade o caminho da salvação, a possibilidade universal da graça.
Junto com sua Ressurreição e sua gloriosa Exaltação, a Cruz é causa da justificação do homem, isto é, não só da eliminação do pecado e dos demais obstáculos, mas também da infusão da vida nova (a graça de Cristo que santifica a alma). Cada sacramento é um modo diverso de participar na Páscoa de Cristo e de apropriar-se da salvação que dela provém. Concretamente, o Batismo livra-nos da morte introduzida pelo pecado original e nos permite viver a vida nova do Ressuscitado.
Jesus é a causa única e universal da salvação humana: o único mediador entre Deus e os homens. Toda graça de salvação dada aos homens provém de sua vida e, em particular, de seu mistério pascal.

Fonte :  http://opusdei.org.br/pt-br/article/tema-10-a-paixao-e-a-morte-na-cruz/

 

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